quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gerações X, Y, Z

Estava pensando hoje, em meio ao trabalho, sobre as diferenças entre as gerações X, Y e Z. Muito ainda tem se falado sobre as definições e diferenças entre essas gerações, gerentes de RH estudam sobre o assunto em pós-graduações, enfim...muita gente anda se preocupando sobre o impacto do conflito entre as gerações.

Mas, parando um pouco pra pensar, o lapso de tempo entre essas últimas gerações é bastante pequeno. Realmente, questão de gerações cronológicas mesmo, não algo que definiria épocas. Não estamos falando de séc. XIX versus séc. XX versus séc. XXI. Não estamos falando de bisavós versus avós versus pais versus filhos. Estamos falando, praticamente, de gerações com cerca de 10 anos, 'grosso modo' de diferença entre si.


A geração X, ou seja, a geração pós-baby-boomers (marco pós-Segunda Guerra), é a galera que cresceu com PacMan, MTV, etc. Pessoal que, hoje, está na casa dos 30 e poucos, tendo nascido entre 1965 e 1979, mais ou menos. Cresceram com o início do boom tecnológico, com o surgimento da internet, com pais ainda um pouco tradicionais. São uma geração ainda meio perdida, entre os Baby Boomers tradicionais e as novas gerações que estão no foco de atenção da mídia. São mais liberais, desligados de relacionamentos, com casamentos tardios, etc.

A geração Y, galerinha que nasceu entre cerca de 1980 e 1997, estão agora em sua adolescência ou início da casa dos 20. Já praticamente nasceram com a internet, apesar de terem pais que não entendiam muito do assunto. Estão conectados, são imediatistas, fazem várias coisas ao mesmo tempo, se comunicam através de vários meios (internet, SMS, etc.).

A geração Z está, hoje, em sua infância ou pré-adolescência, tendo nascido entre 1998 e o tempo atual. São os filhos da geração X, que cresceram com o surgimento da internet, portanto já foram capazes de dar suporte aos seus filhos (Zs), que assim estão crescendo conectados desde o berço. Estão crescendo num mundo bombardeado de informações, com famílias nada parecidas com o que eram há 20 ou 30 anos atrás. Ainda não podemos afirmar com certeza como serão na fase adulta, mas podemos esperar pessoas bastante flexíveis, imediatistas, acostumadas a lidar com toneladas de informação, filtrando muito bem o que lhes interessa e o que passa direto para o lixo.

Enfim, é claro que nem tudo é tão preto ou branco, e há muitas áreas de cinza nessa classificação toda. Há casos, obviamente, de pertencentes à geração X apresentarem comportamentos de geração Y, ou mesmo Z. E crianças da geração Z com comportamentos de geração X. Claro, afinal tudo depende da educação que tiveram, condições socio-econômicas, entre tantos fatores. Mas, de um modo geral, as gerações se definem mais ou menos como tem se falado.

A questão é, se pensarmos que, além do fato das diferenças entre gerações, também encararmos as mudanças que vêm ocorrendo em nosso mundo, o futuro parece estar desenhando-se de forma bastante complexa. Cada vez mais a tecnologia avança a passos largos, a quantidade de informações e meios de comunicação cresce exponencialmente, o mercado de consumo (seja de qual tipo de consumo fôr, se de bens duráveis ou informacionais) está cada vez mais competitivo. O mercado de trabalho também vem sofrendo alterações, com mais empregos informais ou profissionais freelancers. Fala-se de uma nova era do não-emprego, onde muitos trabalharão por conta própria, até por conta da facilidade dos chamados "home offices".

Assim, ou teremos um mundo extremamente divergente, com ramificações ilimitadas, numa enxurrada de estilos de vida, formas de comunicação, tipos de trabalhos, e assim por diante. Ou seremos forçados a uma convergência funcional, adotando padrões e melhores práticas, de modo a evitar a enorme confusão potencial que nosso mundo atual vem criando, com tanta informação e variedade em tudo o que se possa pensar, nos diversos aspectos da vida.

Mas, voltando à questão das gerações, a forma com que elas lidarão umas com as outras ainda é incerta. Não se pode afirmar, ainda, como serão as relações de trabalho entre tais gerações, especialmente com a geração X já estando há algum tempo no mercado de trabalho, possivelmente ocupando cargos de gerência, tendo de gerir os pertencentes à geração Y, que já estão começando em seus primeiros empregos, e aguardando a hora em que a geração Z também tiver sua hora de entrar na equação.

Enfim, o jeito é aguardar e ver no que vai dar. Sempre bom, claro, irmos nos preparando, discutindo o assunto, buscando minimizar possíveis conflitos e pavimentar a estrada para um futuro proveitoso, melhor que o nosso presente.


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