Pra quê??? Pra quê os fios soltos?
Se você tem cabelos compridos, cuide deles! Não deixe fios soltos caídos na blusa, nas costas, muito menos nos móveis!!! Livre-se deles, urgente!
Certa vez, estava eu, ainda na fase final da adolescência, indo prestar vestibular. Sento-me à cadeira, aguardando a hora da prova, quando eis que uma infeliz de cabelos compridos mal-cuidados senta-se à minha frente...e, claro, com um baita fiozão de cabelo solto, caído, preso nas costas da blusa. Maldita! Eu sei, ela queria tirar minha vaga na universidade, tenho certeza...rs.
O fiscal de prova ainda não havia chegado. Eu tinha tempo! Mas, como remover o maldito cabelo solto das costas da menina, sem que ela gritasse "Pervertido!", ou qualquer coisa do gênero?! Como removê-lo, sem que outras pessoas da sala vissem, e começassem a achar (ou melhor, terem certeza) que eu não era normal?! Tarefa difícil! Mas, era hora de ter uma inspiração McGyver! Pensa cérebro, pensa!
Olho para os lados, para trás...aguardo o momento certo! Qual seria ele? Um sinal, preciso de um sinal dos céus...de qualquer lugar, na verdade! Vem sinal, vem! Acho que fiquei naquele impasse por uns 10 minutos, cada vez mais agonizante! Ameaçava arrancar aquele cabelo dali, desistia...ou a menina se virava, ou alguém parecia estar olhando. Porcaria de cabelo!
Até que não deu mais pra aguentar! Olhei, verificando se ninguém me observava...e, no primeiro momento de discrição aparente, num gesto ninja removi aquele cabelo dos infernos solto nas costas da menina-demônio! Mas, e agora, o que fazer com o cabelo?! Jogar ao chão era outra opção bastante incômoda...mas, levantar e caminhar até a lixeira com um fio de cabelo à mão apenas, e depositá-lo ao receptáculo de imundícies rejeitadas...isso seria ridículo, pelo menos na frente de outras 50 pessoas querendo minha vaga. Fui obrigado a descartar o resíduo capilar que desafiava minha sanidade no chão mesmo, o mais longe de mim que pudesse! Ufa, estava livre, e poderia fazer a prova tranquilamente...bom, ou quase isso!
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