quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Não importa o que eu faça…

escolhasNão importa o que eu faça, não importa que caminho eu siga…qualquer escolha que eu faça me trará ao que sou hoje. Meu “eu” de agora é tão somente a somatória das escolhas que eu tenha feito ao longo de minha vida. Ou seja, a menos que haja um Universo alternativo, paralelo a este, as decisões que tomamos sempre foram as responsáveis por nos fazer o que somos no presente. Então, não deve haver preocupações com as escolhas na vida…elas te levarão ao que você será após fazê-las.

Esse é basicamente o tema do filme “Sr. Ninguém” (Mr. Nobody, 2009), um de meus favoritos, a propósito, que fala sobre a questão das escolhas que fazemos na vida. Cada decisão pode nos levar a uma versão de vida que será a corrente para aquele cenário. E, quando evitamos uma escolha, temos todas as possibilidades disponíveis em aberto. Não que o filme, ou mesmo eu, estimule a fuga às escolhas, mas que a questão do que se escolhe indifere no resultado do que poderíamos ser, pois seremos aquilo que seremos. Enfim, assunto bastante complexo para um simples post de blog.

 

escolhas-shk-sem-borda

De qualquer forma, o filme é muito bom e vale a pena ser visto. Segue o trailer de Mr. Nobody, abaixo (incrivelmente, nenhum trailer legendado descente no YouTube):

Mas, isso nos leva, de certo modo, à questão do destino. Afinal, se realmente existir um destino, um plano já definido para cada um de nós…haveria então o livre arbítrio? Faria sentido seguir com a vida se houvesse um plano já traçado, do qual não pudéssemos nos desviar?

Essa é outra questão por demais complexa para ser tratada nesse simples post de blog (como já dito acima). Mas, é algo bastante educativo e útil para ser pensado. E esse é outro tema que é tratado por um filme, outro bastante interessante também. O filme em questão é “Os Agentes do Destino” (The Adjustment Bureau, 2011). Trailer abaixo:

Enfim…toda a questão das decisões que tomamos na vida, isso tudo é muito relativo. Não importa o que façamos, qualquer ação nos levará a sermos quem seremos. Talvez, a grande questão, então, não seja quem seremos, mas “como” seremos. Talvez o que mais importe seja o modo como levamos nossas vidas: com respeito aos demais, com justiça, com irmandade, com ajuda mútua, e assim por diante.

Isso nos lembra o famoso “caminho do meio”, legado a nós pelo bendito Sidarta Gautama, ou Buda, para os “íntimos”. Pois, de modo geral, isso é o que nos ensina o budismo: formas adequadas de como levar a vida. O budismo, em si, não é religião propriamente dita, e sim algo mais próximo de uma filosofia de vida.

Falando em budismo, lembro-me de um livro muito interessante que estou lendo, sobre uma ilha utópica onde a ciência ocidental anda lado-a-lado com a filosofia oriental, proporcionando um ambiente quase perfeito para a vida em sociedade. O livro chama-se “A Ilha” (Island), de Aldous Huxley, que também escreveu o excelente “Admirável Mundo Novo” (Brave New World). Esse último trata de uma sociedade fictícia que encontrou uma forma e findar a violência humana através da extirpação dos relacionamentos próximos e de longo prazo em geral (maridos e esposas, pais e filhos, etc.), e também da mobilidade social. Lendo o livro com atenção notamos que a proposta faz muito sentido, apesar de radical. E, no embalo de “Admirável Mundo Novo”, também vale ver o filme “Equilibrium” (Equilibrium, 2002), com um tema relativamente similar ao mencionado anteriormente.

Seguem os trailers de “Admirável Mundo Novo” (sim, foi feito um filme dele), de 1998, e de “Equilibrium”:

Enfim, os temas mencionados nesse post são alguns que ocupam grande parte da minha mente, constantemente, e que julgo serem de grande valia para reflexão e pensamento ativo sobre tais.

Espero que tenham gostado e que lhes inspire bons pensamentos.

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